A minha desktop, para nunca me esquecer o que é o puro génio
junho 18, 2008
Anda uma pessoa a escrever livros para isto
Encontrei um blogue que vende livros em segunda mão. Para começar, espero que a tese sobre os livros não seja extensível aos respectivos esposos(as), e que é a seguinte:
Mas tudo bem. E o que é que eu encontro no blogue?
Exactamente. Ok, alguém não cedeu à tentação de guardar o meu romance na estante e decidiu partilhá-lo com outras pessoas. Não me preocupa que façam isso com as minhas palavras. Jesus Cristo começou assim e hoje em dia é a pessoa mais conhecida do mundo (ou o Cristiano Ronaldo, não tenho a certeza). O que me deixou preocupado foi a seguinte indicação...
Como assim, cinco estrelas? A única maneira que conheço de um livro estar em estado 'cinco estrelas' de conservação é nunca ter sido aberto, quanto mais lido. Ainda assim, para me compensar o orgulho ferido, chamo a atenção para a maneira como a editora me descreveu...
Ah, grande Zita Seabra! Pena é que achas o mesmo do Luís Filipe Menezes. Há dias em não vale mesmo a pena uma pessoa abrir o computador.
Encontrei um blogue que vende livros em segunda mão. Para começar, espero que a tese sobre os livros não seja extensível aos respectivos esposos(as), e que é a seguinte:
Mas tudo bem. E o que é que eu encontro no blogue?
Exactamente. Ok, alguém não cedeu à tentação de guardar o meu romance na estante e decidiu partilhá-lo com outras pessoas. Não me preocupa que façam isso com as minhas palavras. Jesus Cristo começou assim e hoje em dia é a pessoa mais conhecida do mundo (ou o Cristiano Ronaldo, não tenho a certeza). O que me deixou preocupado foi a seguinte indicação...
Como assim, cinco estrelas? A única maneira que conheço de um livro estar em estado 'cinco estrelas' de conservação é nunca ter sido aberto, quanto mais lido. Ainda assim, para me compensar o orgulho ferido, chamo a atenção para a maneira como a editora me descreveu...
Ah, grande Zita Seabra! Pena é que achas o mesmo do Luís Filipe Menezes. Há dias em não vale mesmo a pena uma pessoa abrir o computador.
junho 17, 2008
São artistas portugueses
João Correia, advogado do Benfica, é membro do Conselho Superior do Ministério Público. Saldanha Sanches, marido de Maria José Morgado, faz, ao que se diz, contabilidade em empresas do Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica. O Procurador-Geral da República nada tem a dizer sobre isto.
João Correia, advogado do Benfica, é membro do Conselho Superior do Ministério Público. Saldanha Sanches, marido de Maria José Morgado, faz, ao que se diz, contabilidade em empresas do Luís Filipe Vieira, presidente do Benfica. O Procurador-Geral da República nada tem a dizer sobre isto.
Pode beijar a noiva
Daqui a quatro dias vou casar. Entretanto, a minha casa está metamorfoseada num autêntico estaleiro de obras. Quando oiço os dois moldavos falarem, o Nikolai e o seu sobrinho Vassili, quase que posso imaginar que estou no estaleiro da baía do Tendra, ouvindo o Vakulintchuk e o Matiuchenko, os dois marujos do ‘Couraçado Potemkin’. Um negro que apareceu no meio da obra, e que se assemelha exemplarmente ao Dave Chappelle quando imita o Prince ou quando interpreta um proxeneta, passa oa dias a beber cerveja, vinho, aguardente, e a dizer que, quando terminar a obra (que já devia ter terminado há um mês) estou a dever-lhe um borrego assado, no terraço que, pelo que percebi, ele não ajudou em nada a construir. Minto. Não passa os dias a beber. Passa os dias a beber e a tratar os outros três angolanos por ‘macacos’, porque ele é de Luanda e os outros são, e passo a citar, ‘do capim’. Ri-se alarvemente e, parecendo apostado em confirmar todos os estereótipos, até chegou a fazer frango frito na minha cozinha. Só faltou mesmo comer melancia. Os moldavos trabalham, trabalham e trabalham, mostrando um ética laboral que apenas me faz temer pelo pior por Portugal quando a Moldávia e a Ucrânia entrarem para a UE. Pelo pior, não porque tenha medo que eles, trabalhadores exemplares, fiquem com os empregos dos portugueses. Pelo que vi, um saber de experiencia feito, como diria o zarolho, quem me dera ter moldavos nas repartições públicas, nas empresas e no Governo nacional. Temo pelo nosso País porque, assim que a Moldávia entrar para a UE e consiga sair da cepa torta, todos os imigrantes que trabalham em Portugal vão voltar para o país de origem e vamos ter de nos contentar com os portugueses e com os nossos ‘irmãos’ angolanos. Nem quero pensar nisso. Mas voltando ao assunto principal: o casório. Não é propriamente para ficar nervoso, porque já vivemos juntos há três anos. Mas é engraçado como eu sempre pensei neste dia, quando era criança, como o dia em que passaria definitivamente a ser adulto. Não era o dia que eu mais aguardava e com o qual sonhava, obviamente. Esse privilégio estava reservado ao dia em que fizesse 16 anos e pudesse jogar snooker nos cafés sem receio de ser corrido a pontapé por algum agente da PSP (sobre a minha adoração por snooker hei-de escrever um dia). Mas sempre que olhava para a fotografia do casamento dos meus pais sentia-me algo expectante. Na fotografia, a preto-e-branco, os dois estão rodeados de populares que parecem saídos de um filme sobre a máfia. O meu pai, ainda magro, exemplarmente vestido e penteado, fato preto, camisa branca e gravata curta, parece o Dean Martin. E sempre foi assim que eu imaginei que seria o meu casamento. Mas não. Para começar, vou com um fato da Sixty branco que me vai fazer parecer o Morrisey. Em segundo lugar, vai ser coisa só para a família mas próxima e alguns colegas de trabalho. Infelizmente, não vou poder ter os meus amigos mais antigos cá, mas eles andam espalhados por esse País foram. Quanto aos comes e bebes, vão ser num dos mais conceituados restaurantes alentejanos, com cujo dono me tenho epicamente embebedado nas últimas semanas. Quanto ao acto de casar, vai ser na sala da nossa casa, que por agora parece um armazém, numa mesa rústica, bela, que parece saída da nau do Cristóvão Colombo. Um mimo. Não vai ser o casamento que eu pensava, em criança, que seria, vai ser melhor (se as obras acabarem a tempo). Porque as pessoas mudam e tudo acontece mais naturalmente. Deixaram de existir grandes momentos decisivos, tudo corre com naturalidade. Tenho saudades do tempo em que pensava que um dia, um acontecimento, podiam mudar tudo. Hoje sei que não é assim. Mas o que eu quero do casamento é precisamente isso: que não mude nada. Se tudo continuar com tem estado nos últimos três anos, até bater a bota, vou ser uma pessoa imensamente feliz. A minha mulher vai com um vestido igual ao da Marilyn Monroe no ‘The Seven Year Inch’, que posso mais pedir? Ah, já sei: percebes húmidos e salgados, a saber a mar. Disso vou tratar na lua-de-mel.
Daqui a quatro dias vou casar. Entretanto, a minha casa está metamorfoseada num autêntico estaleiro de obras. Quando oiço os dois moldavos falarem, o Nikolai e o seu sobrinho Vassili, quase que posso imaginar que estou no estaleiro da baía do Tendra, ouvindo o Vakulintchuk e o Matiuchenko, os dois marujos do ‘Couraçado Potemkin’. Um negro que apareceu no meio da obra, e que se assemelha exemplarmente ao Dave Chappelle quando imita o Prince ou quando interpreta um proxeneta, passa oa dias a beber cerveja, vinho, aguardente, e a dizer que, quando terminar a obra (que já devia ter terminado há um mês) estou a dever-lhe um borrego assado, no terraço que, pelo que percebi, ele não ajudou em nada a construir. Minto. Não passa os dias a beber. Passa os dias a beber e a tratar os outros três angolanos por ‘macacos’, porque ele é de Luanda e os outros são, e passo a citar, ‘do capim’. Ri-se alarvemente e, parecendo apostado em confirmar todos os estereótipos, até chegou a fazer frango frito na minha cozinha. Só faltou mesmo comer melancia. Os moldavos trabalham, trabalham e trabalham, mostrando um ética laboral que apenas me faz temer pelo pior por Portugal quando a Moldávia e a Ucrânia entrarem para a UE. Pelo pior, não porque tenha medo que eles, trabalhadores exemplares, fiquem com os empregos dos portugueses. Pelo que vi, um saber de experiencia feito, como diria o zarolho, quem me dera ter moldavos nas repartições públicas, nas empresas e no Governo nacional. Temo pelo nosso País porque, assim que a Moldávia entrar para a UE e consiga sair da cepa torta, todos os imigrantes que trabalham em Portugal vão voltar para o país de origem e vamos ter de nos contentar com os portugueses e com os nossos ‘irmãos’ angolanos. Nem quero pensar nisso. Mas voltando ao assunto principal: o casório. Não é propriamente para ficar nervoso, porque já vivemos juntos há três anos. Mas é engraçado como eu sempre pensei neste dia, quando era criança, como o dia em que passaria definitivamente a ser adulto. Não era o dia que eu mais aguardava e com o qual sonhava, obviamente. Esse privilégio estava reservado ao dia em que fizesse 16 anos e pudesse jogar snooker nos cafés sem receio de ser corrido a pontapé por algum agente da PSP (sobre a minha adoração por snooker hei-de escrever um dia). Mas sempre que olhava para a fotografia do casamento dos meus pais sentia-me algo expectante. Na fotografia, a preto-e-branco, os dois estão rodeados de populares que parecem saídos de um filme sobre a máfia. O meu pai, ainda magro, exemplarmente vestido e penteado, fato preto, camisa branca e gravata curta, parece o Dean Martin. E sempre foi assim que eu imaginei que seria o meu casamento. Mas não. Para começar, vou com um fato da Sixty branco que me vai fazer parecer o Morrisey. Em segundo lugar, vai ser coisa só para a família mas próxima e alguns colegas de trabalho. Infelizmente, não vou poder ter os meus amigos mais antigos cá, mas eles andam espalhados por esse País foram. Quanto aos comes e bebes, vão ser num dos mais conceituados restaurantes alentejanos, com cujo dono me tenho epicamente embebedado nas últimas semanas. Quanto ao acto de casar, vai ser na sala da nossa casa, que por agora parece um armazém, numa mesa rústica, bela, que parece saída da nau do Cristóvão Colombo. Um mimo. Não vai ser o casamento que eu pensava, em criança, que seria, vai ser melhor (se as obras acabarem a tempo). Porque as pessoas mudam e tudo acontece mais naturalmente. Deixaram de existir grandes momentos decisivos, tudo corre com naturalidade. Tenho saudades do tempo em que pensava que um dia, um acontecimento, podiam mudar tudo. Hoje sei que não é assim. Mas o que eu quero do casamento é precisamente isso: que não mude nada. Se tudo continuar com tem estado nos últimos três anos, até bater a bota, vou ser uma pessoa imensamente feliz. A minha mulher vai com um vestido igual ao da Marilyn Monroe no ‘The Seven Year Inch’, que posso mais pedir? Ah, já sei: percebes húmidos e salgados, a saber a mar. Disso vou tratar na lua-de-mel.
junho 13, 2008
Uma questão de semântica
Vou citar uma frase, dita por um político português esta semana:
A pátria grita por todos os lados, a pátria está a ser despedaçada, aniquilada, diluída de uma forma traidora e ignóbil através do Tratado de Lisboa. O interior está a ficar desertificado, os serviços são encerrados sistematicamente.
Vou citar uma frase, dita por um político português esta semana:
Portugal grita por todos os lados, Portugal está a ser despedaçado, aniquilado, diluído de uma forma traidora e ignóbil através do Tratado de Lisboa. O interior está a ficar desertificado, os serviços são encerrados sistematicamente.
A pátria grita por todos os lados, a pátria está a ser despedaçada, aniquilada, diluída de uma forma traidora e ignóbil através do Tratado de Lisboa. O interior está a ficar desertificado, os serviços são encerrados sistematicamente.
junho 12, 2008
Jogo de espelhos
Contra as minhas expectativas, Barack Obama ganhou as primárias democratas. Na altura em que as primárias começaram escrevi aqui que “ao contrário do que se possa pensar, não será por causa dos brancos que Barack Obama não será eleito. Isso acontecerá – num país em que os negros representas pouco mais de 12% da população e os hispânicos quase 30% - por causa das restantes minorias. O politicamente correcto é um privilégio e um luxo das classes altas”. Até ver, não me enganei muito. Barack Obama ganhou as directas, sim. Mas o comentário que fiz na altura é válido também para as eleições presidenciais de 2009. Os WASP apoiam Barack Obama em esmagadora maioria, não porque admirem a pessoa em si, mas porque gostam de se ver ao espelho, mesmo que a imagem seja falsa. Os WASP norte-americanos gostam de pensar em si próprios como pessoas sofisticadas e cosmopolitas que apoiam um negro sem reservas, deixando as questões da raça – que eles gostam de pensar que já ultrapassaram – para os rednecks e os hispânicos. Mas, atenção, também esmagadoramente exigem que Hillary Clinton seja vice-presidente. Um negro na Casa Branca, tudo bem, desde que esteja uma WASP para o controlar (e escuso-me a comentar a campanha eleitoral da Hillary Clinton, com a inacreditável sucessão de gaffes e a imagem patética de um Bill Clinton que parece estar cada vez mais, como diria o Marcelo Rebelo de Sousa, lélé da cuca) . Depois de oito anos a serem tratados pelo mundo como uma seita de fanáticos, os norte-americanos querem provar ao mundo que são uma nação de progressistas. Tudo o que está em jogo é apenas isso mesmo: uma questão de imagem. Barack Obama sabe-o. Quanto menos falar de assuntos concretos, mais possibilidades tem de derrotar John McCain em 2009. A única frase com conteúdo que Barack Obama disse durante toda a campanha foi quando se referiu, logo no início, à questão racial, lembrando à jornalista da NBC que muitas pessoas pensam que os negros norte-americanos são tão pouco sofisticados que entregam de bandeja o seu voto ao primeiro negro que virem na televisão. “O voto dos negros tem de ser conquistado, como o de qualquer outra pessoa”. E Barack Obama tem razão, até porque o voto dos negros caiu invariavelmente para o lado de Hillary Clinton, que quando olham para a televisão não conseguem ver um negro em Barack Obama, mas um “deles”, “too white” (e numa sociedade matriarcal e que vive dos subsídios estatais, como a negra dos EUA, a imagem de uma mulher rica e branca que promete cuidar dos coitadinhos é irresistível). Mas Barack Obama também sabe que não precisa de conquistar os votos dos negros. Os votos dos brancos cosmopolitas estão assegurados, tal como o dinheiro dos actores de Hollywood para a campanha eleitoral (aliar-se a Barack Obama dá prestígio, tal como aliar-se a Woody Allen, mesmo que o filme seja uma flagrante merda). Com George W. Bush os norte-americanos tiveram de se olhar ao espelho e ver o que realmente são. Depois disso, preferem um espelho distorcido, que os torne mais atraentes, como nas feiras, mesmo que a imagem não mostre a realidade. É tão simples quanto isso.
Contra as minhas expectativas, Barack Obama ganhou as primárias democratas. Na altura em que as primárias começaram escrevi aqui que “ao contrário do que se possa pensar, não será por causa dos brancos que Barack Obama não será eleito. Isso acontecerá – num país em que os negros representas pouco mais de 12% da população e os hispânicos quase 30% - por causa das restantes minorias. O politicamente correcto é um privilégio e um luxo das classes altas”. Até ver, não me enganei muito. Barack Obama ganhou as directas, sim. Mas o comentário que fiz na altura é válido também para as eleições presidenciais de 2009. Os WASP apoiam Barack Obama em esmagadora maioria, não porque admirem a pessoa em si, mas porque gostam de se ver ao espelho, mesmo que a imagem seja falsa. Os WASP norte-americanos gostam de pensar em si próprios como pessoas sofisticadas e cosmopolitas que apoiam um negro sem reservas, deixando as questões da raça – que eles gostam de pensar que já ultrapassaram – para os rednecks e os hispânicos. Mas, atenção, também esmagadoramente exigem que Hillary Clinton seja vice-presidente. Um negro na Casa Branca, tudo bem, desde que esteja uma WASP para o controlar (e escuso-me a comentar a campanha eleitoral da Hillary Clinton, com a inacreditável sucessão de gaffes e a imagem patética de um Bill Clinton que parece estar cada vez mais, como diria o Marcelo Rebelo de Sousa, lélé da cuca) . Depois de oito anos a serem tratados pelo mundo como uma seita de fanáticos, os norte-americanos querem provar ao mundo que são uma nação de progressistas. Tudo o que está em jogo é apenas isso mesmo: uma questão de imagem. Barack Obama sabe-o. Quanto menos falar de assuntos concretos, mais possibilidades tem de derrotar John McCain em 2009. A única frase com conteúdo que Barack Obama disse durante toda a campanha foi quando se referiu, logo no início, à questão racial, lembrando à jornalista da NBC que muitas pessoas pensam que os negros norte-americanos são tão pouco sofisticados que entregam de bandeja o seu voto ao primeiro negro que virem na televisão. “O voto dos negros tem de ser conquistado, como o de qualquer outra pessoa”. E Barack Obama tem razão, até porque o voto dos negros caiu invariavelmente para o lado de Hillary Clinton, que quando olham para a televisão não conseguem ver um negro em Barack Obama, mas um “deles”, “too white” (e numa sociedade matriarcal e que vive dos subsídios estatais, como a negra dos EUA, a imagem de uma mulher rica e branca que promete cuidar dos coitadinhos é irresistível). Mas Barack Obama também sabe que não precisa de conquistar os votos dos negros. Os votos dos brancos cosmopolitas estão assegurados, tal como o dinheiro dos actores de Hollywood para a campanha eleitoral (aliar-se a Barack Obama dá prestígio, tal como aliar-se a Woody Allen, mesmo que o filme seja uma flagrante merda). Com George W. Bush os norte-americanos tiveram de se olhar ao espelho e ver o que realmente são. Depois disso, preferem um espelho distorcido, que os torne mais atraentes, como nas feiras, mesmo que a imagem não mostre a realidade. É tão simples quanto isso.
Chegaram a Portugal...
Chega de futebol. Vamos falar do que realmente importa. Ontem terminou a “greve dos camionistas”. Não os protestos dos camionistas ligados à ANTRAM, que essa já tinha chegado a um acordo há muito com o Governo. O que chegou ao fim foi a “greve dos camionistas”. Ou seja, o Governo aceitou negociar com um gang de pessoas cuja identidade fica por identificar, sem qualquer orgânico própria, e portanto sem se poder criminalizá-los ao chamá-los à responsabilidade pelo que quer que seja. Ficam agora os portugueses a saber que, se não estiverem contentes com a situação do económica do País, com a última obra do José Saramago ou com a maneira como os azulejos da casa-de-banho ficaram colados, podem alegremente dirigir-se a uma estrada, fechá-la, arrastar cidadãos que estão a trabalhar para fora dos seus veículos, incendiar-lhes os veículos, espaná-los e, se a defesa dos seus “direitos” assim o obrigar, enforcá-los no poste de iluminação mais perto. Como prémio, tem não apenas a benevolência e o beneplácito tácito das autoridades, como ainda são recebidos pelos membros do Governo, com honras de Estado. Ficamos assim a saber que um grupelho de arrivistas pode paralisar o País e deixar as autoridades policiais e os bombeiros sem forma de se movimentarem e agirem. Uma pergunta urge: e se Portugal tivesse entretanto sofrido um ataque terrorista? Como é que as autoridades responderiam, imobilizadas e de mãos atadas? Quem seria responsabilizado? O grupelho de idiotas? Não parece. A responsabilidade está diluída pela multidão e o indulto definido a partir do momento em que o Governo os considera aptos a serem ouvidos como uma “força negocial”. Esta maneira de actuar dos camionistas faz lembrar bastante a usada pelos camionistas norte-americanos. E é sabido quem controla os camionistas norte-americanos: a máfia. A partir de hoje, todos os mafiosos deste País passam a saber que, para o Governo, são uma força negocial como outra qualquer, cujas reivindicações devem ser ouvidas e resolvidas quanto antes. E onde é que o PCP, o Bloco de Esquerda e a CGTP estiveram durante esta “luta dos trabalhadores”. Escondidos, esperando não serem confundidos com arrivistas descontrolados e incontroláveis. Entretanto, os camionistas ouvem as propostas do Governo (que, desesperado, lhes promete o que sabe que não pode cumprir, pelo que é uma questão de tempo até andarmos todos novamente de bomba em bomba, à procura de combustível) e, fingindo-se contrariados e preocupados com os superiores interesses da nação, resolvem fazer um enorme favor a Portugal e desconvocam a "paralisação". E o Governo respira de alívio pelo favor dos camionistas. Mas José Sócrates parece não entender uma das mais básica regras da vida: nunca se fica a dever um favor à máfia. Ele nunca deixará de ser cobrado.
PS: E, falando da CGTP, é interessante perceber como a Intersindical quer que “os direitos conquistados” pela organização não sejam extensíveis aos trabalhadores não sindicalizados na pandilha. Ou seja, a luta pelos oprimidos é muito bonita, mas só tem direito a ser oprimido e explorado quem pagar quota.
Chega de futebol. Vamos falar do que realmente importa. Ontem terminou a “greve dos camionistas”. Não os protestos dos camionistas ligados à ANTRAM, que essa já tinha chegado a um acordo há muito com o Governo. O que chegou ao fim foi a “greve dos camionistas”. Ou seja, o Governo aceitou negociar com um gang de pessoas cuja identidade fica por identificar, sem qualquer orgânico própria, e portanto sem se poder criminalizá-los ao chamá-los à responsabilidade pelo que quer que seja. Ficam agora os portugueses a saber que, se não estiverem contentes com a situação do económica do País, com a última obra do José Saramago ou com a maneira como os azulejos da casa-de-banho ficaram colados, podem alegremente dirigir-se a uma estrada, fechá-la, arrastar cidadãos que estão a trabalhar para fora dos seus veículos, incendiar-lhes os veículos, espaná-los e, se a defesa dos seus “direitos” assim o obrigar, enforcá-los no poste de iluminação mais perto. Como prémio, tem não apenas a benevolência e o beneplácito tácito das autoridades, como ainda são recebidos pelos membros do Governo, com honras de Estado. Ficamos assim a saber que um grupelho de arrivistas pode paralisar o País e deixar as autoridades policiais e os bombeiros sem forma de se movimentarem e agirem. Uma pergunta urge: e se Portugal tivesse entretanto sofrido um ataque terrorista? Como é que as autoridades responderiam, imobilizadas e de mãos atadas? Quem seria responsabilizado? O grupelho de idiotas? Não parece. A responsabilidade está diluída pela multidão e o indulto definido a partir do momento em que o Governo os considera aptos a serem ouvidos como uma “força negocial”. Esta maneira de actuar dos camionistas faz lembrar bastante a usada pelos camionistas norte-americanos. E é sabido quem controla os camionistas norte-americanos: a máfia. A partir de hoje, todos os mafiosos deste País passam a saber que, para o Governo, são uma força negocial como outra qualquer, cujas reivindicações devem ser ouvidas e resolvidas quanto antes. E onde é que o PCP, o Bloco de Esquerda e a CGTP estiveram durante esta “luta dos trabalhadores”. Escondidos, esperando não serem confundidos com arrivistas descontrolados e incontroláveis. Entretanto, os camionistas ouvem as propostas do Governo (que, desesperado, lhes promete o que sabe que não pode cumprir, pelo que é uma questão de tempo até andarmos todos novamente de bomba em bomba, à procura de combustível) e, fingindo-se contrariados e preocupados com os superiores interesses da nação, resolvem fazer um enorme favor a Portugal e desconvocam a "paralisação". E o Governo respira de alívio pelo favor dos camionistas. Mas José Sócrates parece não entender uma das mais básica regras da vida: nunca se fica a dever um favor à máfia. Ele nunca deixará de ser cobrado.
PS: E, falando da CGTP, é interessante perceber como a Intersindical quer que “os direitos conquistados” pela organização não sejam extensíveis aos trabalhadores não sindicalizados na pandilha. Ou seja, a luta pelos oprimidos é muito bonita, mas só tem direito a ser oprimido e explorado quem pagar quota.
junho 11, 2008
Quem ri por último, ri melhor
Infelizmente, tenho de falar de Michel Platini, presidente da UEFA. Quando era criança, Platini era um ídolo internacional. Nunca foi jogador da minha preferência, porque sendo eu adepto fervente do Real Madrid preferia o Martín Vázquez. Mas reconheço que Michel Platini foi um grande jogador, justamente deixado, hoje em dia, na sombra pelo melhor jogador desde o mestre Dí Stefano: Zinedine Zidane (algo que manifestamente Platini nunca engoliu). E agora Platini provou que é a pessoa ideal para liderar a UEFA, essa instituição fechada, medieval e prepotente. Ninguém melhor para a dirigir, portanto, que um francês com o ego inflacionado e magoado. Platini, falando a despropósito sobre o FC Porto, diz que não será tolerante para “batoteiros”. E é engraçado e revelador que um jogador que fez a sua carreira no reconhecidamente mais batoteiro clube da Europa, a Juventus, implicada desde os anos 80 (pelo menos) em tudo o que é escândalo no futebol italiano, venha falar de batota e batoteiros. Poder-se-ia dizer que Platini já se esqueceu de como ganhou a Taça dos Clubes Campeões Europeus, frente ao muito superior Liverpool. Para os menos atentos ao futebol, recordo. A Juventus estava a levar um banho de bola do Liverpool, mas os hoolingans do Liverpool, antes do intervalo, decidiram fazer o que melhor sabem, causar distúrbios. Naquela tarde, no Heysel Stadium, os distúrbios acabaram em mortes, muitas. A UEFA podia ter cancelado o jogo, mas numa decisão que fez lembrar a maneira como a Cosa Nostra actua, decidiu que o jogo continuaria, mas que a Juventus ganharia a Taça dos Clubes Campeões Europeus. A história, apesar de nunca ter sido confirmada, é conhecida: o presidente da UEFA reuniu-se ao intervalo com os jogadores de ambas as equipas e com a equipa de arbitragem e ficou ali deliberado que o Liverpool devia pagar em campo pela atitude dos seus adeptos fora dele. Após o intervalo, uma falta sobre o Boniek muito antes da grande área foi assinalada como grande penalidade, os jogadores do Liverpool nem sequer contestaram a decisão, o senhor Platini marcou o golo, como estava escrito no guião, e a Juventus sagrou-se campeã europeia pela primeira vez, sem nada ter feito para o merecer. Platini, obviamente, nunca esqueceu esta forma justicialista e prepotente da UEFA actuar, como se vê. E tendenciosa. Diz Platini que a UEFA vai castigar todos os batoteiros, quer sejam ricos ou pobres (ah, a utopia, o Maio de 68 no futebol....). acontece que factos provados de corrupção por parte do AC Milan e (claro está) da Juventus, ocorridos em 2006, não são, para a UEFA, impeditivos de que ambas as equipas participem na Champions League, ao contrário do que se passa com os mesmos alegados factos, não provados por ninguém a não ser por uma ex-alternadeira, que servem para afastar o FC Porto da competição. Estranho? Não. Esta não é a primeira vez que a UEFA afasta o FC Porto da Champions League. Já antes o havia feito, nomeadamente da final da competição. Lembro a sórdida história. Em 1994 existiam duas equipas que preenchiam o imaginário popular e os bolsos da UEFA em direitos de transmissões televisivas, o AC Milan de Desailly, Savicevic (um dos meus jogadores preferidos de todos os tempos, confesso) e Boban e o suposto “dream team” do Barcelona, composto por jogadores como o Romário, o Koeman ou o Stoichkov. Todas as pessoas queriam a “final de sonho” entre as duas equipas. Ambas as equipas seguiram (mais uma vez) o guião da UEFA e classificaram-se, com mais ou menos dificuldades, para as meias-finais da Champions League. Acontece que, nas meias-finais, teriam de defrontar duas equipas que estavam a praticar um futebol tão como quanto o delas: o Mónaco e o FC Porto. O FC Porto de António Oliveira tinha uma grande equipa, um bloco que apenas sabia, e bem, jogar ao ataque. Lembro-me dos jogos dessa altura, em que o FC Porto começava a perder e eu dizia ao meu irmão, adepto do Benfica, “não há problema, vai acabar em goleada”. E acabava. Uma equipa assim, juntamente com um excelente Mónaco, colocam em risco a “final de sonho” da UEFA e das televisões. Decisão da UEFA? As meias-finais seriam disputadas numa única mão, adivinhem, em casa do AC Milan e do Barcelona. Parece ridículo, mas isto aconteceu. FC Porto e Mónaco não poderiam assim defender em casa do adversário e tentar ganhar a eliminatória em casa. Teriam de atacar e abrir a defesa na casa dos adversários. Seja. Como se não bastasse, logo no inicio do Barcelona-FC Porto o árbitro viu uma falta do Jorge Costa sobre o Sergi que mais ninguém viu (uma mera carga de ombro ainda longe da grande área) e, mais, não apenas viu uma falta como viu uma falta merecedora de cartão vermelho directo. O FC Porto jogou assim praticamente todo o encontro reduzido a 10. O resto é história: o guião da UEFA cumpriu-se com o rigor com que o Manoel de Oliveira filma a sua mise-en-scéne, o FC Porto perdeu por 3-0 e, ali ao lado, em Milão, o Mónaco, depois de mais umas ajudas arbitrais a favor do AC Milan, levou chapa 4. A UEFA tinha enfim a sua “final de sonho” (10 anos mais tarde, em 2004, a UEFA voltou a fazer tudo para que Mónaco e FC Porto não jogassem a final da Champions League, com roubalheira velha nas meias-finais que as duas equipas jogaram contra o Deportivo da Corunha e, mais uma vez, o AC Milan, mas dessa vez os árbitros “caseiros” não foram suficiente e FC Porto e Mónaco tiveram a final que lhes tinha sido roubada uma década antes). É assim que actua a UEFA. O FC Porto, carrasco dos interesses económicos da mafiosa instituição em 1994, já o devia saber. Mas, ao que parece, não sabe, ou esqueceu. Ao colocar-se nas mãos da UEFA, Pinto da Costa fez o maior erro da sua vida. Platini limita-se a seguir o guião da UEFA. Pinto da Costa é que não está a seguir o guião do FC Porto. Um guião, curiosamente, que foi escrito por ele. A UEFA ainda não esqueceu a Champions League conquistada pelo FC Porto de José Mourinho, a única equipa de uma liga periférica a ganhar a prova neste novo modelo, sempre conquistada por equipas das federações que mais enchem os bolsos à UEFA: a Espanha, a Inglaterra, a Itália e a Alemanha. Pinto da Costa devia saber quem é que sempre acaba a rir.
Infelizmente, tenho de falar de Michel Platini, presidente da UEFA. Quando era criança, Platini era um ídolo internacional. Nunca foi jogador da minha preferência, porque sendo eu adepto fervente do Real Madrid preferia o Martín Vázquez. Mas reconheço que Michel Platini foi um grande jogador, justamente deixado, hoje em dia, na sombra pelo melhor jogador desde o mestre Dí Stefano: Zinedine Zidane (algo que manifestamente Platini nunca engoliu). E agora Platini provou que é a pessoa ideal para liderar a UEFA, essa instituição fechada, medieval e prepotente. Ninguém melhor para a dirigir, portanto, que um francês com o ego inflacionado e magoado. Platini, falando a despropósito sobre o FC Porto, diz que não será tolerante para “batoteiros”. E é engraçado e revelador que um jogador que fez a sua carreira no reconhecidamente mais batoteiro clube da Europa, a Juventus, implicada desde os anos 80 (pelo menos) em tudo o que é escândalo no futebol italiano, venha falar de batota e batoteiros. Poder-se-ia dizer que Platini já se esqueceu de como ganhou a Taça dos Clubes Campeões Europeus, frente ao muito superior Liverpool. Para os menos atentos ao futebol, recordo. A Juventus estava a levar um banho de bola do Liverpool, mas os hoolingans do Liverpool, antes do intervalo, decidiram fazer o que melhor sabem, causar distúrbios. Naquela tarde, no Heysel Stadium, os distúrbios acabaram em mortes, muitas. A UEFA podia ter cancelado o jogo, mas numa decisão que fez lembrar a maneira como a Cosa Nostra actua, decidiu que o jogo continuaria, mas que a Juventus ganharia a Taça dos Clubes Campeões Europeus. A história, apesar de nunca ter sido confirmada, é conhecida: o presidente da UEFA reuniu-se ao intervalo com os jogadores de ambas as equipas e com a equipa de arbitragem e ficou ali deliberado que o Liverpool devia pagar em campo pela atitude dos seus adeptos fora dele. Após o intervalo, uma falta sobre o Boniek muito antes da grande área foi assinalada como grande penalidade, os jogadores do Liverpool nem sequer contestaram a decisão, o senhor Platini marcou o golo, como estava escrito no guião, e a Juventus sagrou-se campeã europeia pela primeira vez, sem nada ter feito para o merecer. Platini, obviamente, nunca esqueceu esta forma justicialista e prepotente da UEFA actuar, como se vê. E tendenciosa. Diz Platini que a UEFA vai castigar todos os batoteiros, quer sejam ricos ou pobres (ah, a utopia, o Maio de 68 no futebol....). acontece que factos provados de corrupção por parte do AC Milan e (claro está) da Juventus, ocorridos em 2006, não são, para a UEFA, impeditivos de que ambas as equipas participem na Champions League, ao contrário do que se passa com os mesmos alegados factos, não provados por ninguém a não ser por uma ex-alternadeira, que servem para afastar o FC Porto da competição. Estranho? Não. Esta não é a primeira vez que a UEFA afasta o FC Porto da Champions League. Já antes o havia feito, nomeadamente da final da competição. Lembro a sórdida história. Em 1994 existiam duas equipas que preenchiam o imaginário popular e os bolsos da UEFA em direitos de transmissões televisivas, o AC Milan de Desailly, Savicevic (um dos meus jogadores preferidos de todos os tempos, confesso) e Boban e o suposto “dream team” do Barcelona, composto por jogadores como o Romário, o Koeman ou o Stoichkov. Todas as pessoas queriam a “final de sonho” entre as duas equipas. Ambas as equipas seguiram (mais uma vez) o guião da UEFA e classificaram-se, com mais ou menos dificuldades, para as meias-finais da Champions League. Acontece que, nas meias-finais, teriam de defrontar duas equipas que estavam a praticar um futebol tão como quanto o delas: o Mónaco e o FC Porto. O FC Porto de António Oliveira tinha uma grande equipa, um bloco que apenas sabia, e bem, jogar ao ataque. Lembro-me dos jogos dessa altura, em que o FC Porto começava a perder e eu dizia ao meu irmão, adepto do Benfica, “não há problema, vai acabar em goleada”. E acabava. Uma equipa assim, juntamente com um excelente Mónaco, colocam em risco a “final de sonho” da UEFA e das televisões. Decisão da UEFA? As meias-finais seriam disputadas numa única mão, adivinhem, em casa do AC Milan e do Barcelona. Parece ridículo, mas isto aconteceu. FC Porto e Mónaco não poderiam assim defender em casa do adversário e tentar ganhar a eliminatória em casa. Teriam de atacar e abrir a defesa na casa dos adversários. Seja. Como se não bastasse, logo no inicio do Barcelona-FC Porto o árbitro viu uma falta do Jorge Costa sobre o Sergi que mais ninguém viu (uma mera carga de ombro ainda longe da grande área) e, mais, não apenas viu uma falta como viu uma falta merecedora de cartão vermelho directo. O FC Porto jogou assim praticamente todo o encontro reduzido a 10. O resto é história: o guião da UEFA cumpriu-se com o rigor com que o Manoel de Oliveira filma a sua mise-en-scéne, o FC Porto perdeu por 3-0 e, ali ao lado, em Milão, o Mónaco, depois de mais umas ajudas arbitrais a favor do AC Milan, levou chapa 4. A UEFA tinha enfim a sua “final de sonho” (10 anos mais tarde, em 2004, a UEFA voltou a fazer tudo para que Mónaco e FC Porto não jogassem a final da Champions League, com roubalheira velha nas meias-finais que as duas equipas jogaram contra o Deportivo da Corunha e, mais uma vez, o AC Milan, mas dessa vez os árbitros “caseiros” não foram suficiente e FC Porto e Mónaco tiveram a final que lhes tinha sido roubada uma década antes). É assim que actua a UEFA. O FC Porto, carrasco dos interesses económicos da mafiosa instituição em 1994, já o devia saber. Mas, ao que parece, não sabe, ou esqueceu. Ao colocar-se nas mãos da UEFA, Pinto da Costa fez o maior erro da sua vida. Platini limita-se a seguir o guião da UEFA. Pinto da Costa é que não está a seguir o guião do FC Porto. Um guião, curiosamente, que foi escrito por ele. A UEFA ainda não esqueceu a Champions League conquistada pelo FC Porto de José Mourinho, a única equipa de uma liga periférica a ganhar a prova neste novo modelo, sempre conquistada por equipas das federações que mais enchem os bolsos à UEFA: a Espanha, a Inglaterra, a Itália e a Alemanha. Pinto da Costa devia saber quem é que sempre acaba a rir.
junho 10, 2008
Haja juízo, por favor!
Concedo, as declarações sobre o "dia da raça" de Cavaco Silva são, no mínimo infelizes. Nada porém que não aconteça a outras figuras públicas quando usam terminologia do PREC para falar sobre circunstâncias actuais, mas isso é outra história. Agora, era mesmo necessário ilustrar a notícia (que de certo vai fazer as delícias dos blogues durante semanas) com uma mais que mal intencionada fotografia em que o Presidente da República, acenando à eufórica populaça, parece estar a fazer a saudação nazi? Quem é escolhe estas fotografias, as mesmas pessoas que pensam os cartazes eleitorais do Bloco de Esquerda? Um pouco de tino, é o que se pede aos senhores jornalistas. Depois queixem-se dos "nazis da ERC".
Concedo, as declarações sobre o "dia da raça" de Cavaco Silva são, no mínimo infelizes. Nada porém que não aconteça a outras figuras públicas quando usam terminologia do PREC para falar sobre circunstâncias actuais, mas isso é outra história. Agora, era mesmo necessário ilustrar a notícia (que de certo vai fazer as delícias dos blogues durante semanas) com uma mais que mal intencionada fotografia em que o Presidente da República, acenando à eufórica populaça, parece estar a fazer a saudação nazi? Quem é escolhe estas fotografias, as mesmas pessoas que pensam os cartazes eleitorais do Bloco de Esquerda? Um pouco de tino, é o que se pede aos senhores jornalistas. Depois queixem-se dos "nazis da ERC".
junho 07, 2008
junho 06, 2008
Prémio Walter Cronkite do jornalismo desportivo
Está é a manchete do "Jornal de Notícias" de hoje:
Esta é uma chamada de capa do "Diário de Notícias" de hoje:
Estas são as referências a ambos os assuntos nos jornais desportivos de hoje:
PS: Não vale a pena ampliarem as imagens. Não há qualquer referência.
Está é a manchete do "Jornal de Notícias" de hoje:
Esta é uma chamada de capa do "Diário de Notícias" de hoje:
Estas são as referências a ambos os assuntos nos jornais desportivos de hoje:
PS: Não vale a pena ampliarem as imagens. Não há qualquer referência.
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