fevereiro 07, 2006


Much ado about nothing

Para todo este problema das caricaturas de Maomé existe, na verdade, uma solução simples. Bastava que cristãos, judeus e muçulmanos renunciassem às suas religiões e abraçassem o animismo, como ainda se pratica oficialmente em diversos países africanos. Se a raiz do problema reside no facto de três grandes religiões partilharem o mesmo Deus e basicamente os mesmos profetas, tendo sobre eles diferentes tradições, tabus e sentimentos de propriedade emocional e moral, a solução poderia estar na adoração de animais. Nada de estranho. Afinal, durante a maior parte da sua história, os homens adoraram animais, desde os homo sapiens nas cavernas aos antigos gregos e romanos. Se, por exemplo, os cristão adorassem um chimpanzé, os judeus adorassem um koala e os muçulmanos adorassem um panda, cada um poderia representá-los como lhes desse na real gana, sem ofender as restantes religiões. E o problema terminava. A não ser, claro está, que os árabes se sentissem ofendidos com o WWF, o World Wildlife Fund, por representar um panda no logótipo da associação e começassem a incendiar as suas delegações em todo o mundo.

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