fevereiro 06, 2006


O que faz falta são dois Torquemadas!

Edward Gibbon, no seu Decline and Fall of the Roman Empire, mostrou como uma grande civilização pode soçobrar às mãos de outra, menos avançada. A resposta precipitada dos responsáveis europeus – desde Durão Barroso a diversos primeiro-ministros de países membros da EU, incluindo, claro está, o nosso José Sócrates – à chantagem dos muçulmanos foi triste e decadente. Os laicos europeus, perante religiosos fanáticos, tremem de medo, por recearem o que desconhecem. Isto porque, ao contrário dos EUA, onde o pensamento religioso nunca abandonou a esfera pública ou a vida quotidiana dos cidadãos, os europeus esqueceram como as pessoas religiosas entendem o mundo, esqueceram como reagir perante o maniqueísmo sem ser com a condescendência dos intelectuais, mostrando que entendem tanto o pensamento dos muçulmanos como entenderiam o pensamento de extraterrestres. E assim tremem de medo. Isto, mais do que a dependência do petróleo, é a verdadeira razão da fraqueza da Europa. Podemos comprar petróleo à Rússia, à Venezuela (que os governantes europeus, ao contrário do que se passa com a Casa Branca, parecem abraçar com um entusiasmo adolescente), à Austrália. Tal como os europeus do Império Romano do Ocidente, à vista dos bárbaros, se refugiaram nas igrejas, os europeus do século XXI, à vista dos novos bárbaros, refugiam-se no politicamente correcto do relativismo cultural. E mostram aos muçulmanos que são decadentes e fracos, tão decadentes e fracos como apregoam, todos os dias, nas mesquitas e nas madrassas, os mullahs e os ayatollahs. Com a resposta dos governantes europeus, os fundamentalistas e os governantes islâmicos aprenderam uma valiosa lição: os muçulmanos colocam-se de cócoras cinco vezes por dia; os europeus colocam-se de cócoras vinte e quatro horas por dia.

2 comentários:

Anónimo disse...

pegarle dos bofetada a calderón.....

Anónimo disse...

"dos torquemadas" "dos bofetadas a calderón"